02/10/2013

Moscovo


Para um país que permaneceu durante décadas fechado ao turismo com consequência da guerra fria, a capital da Rússia tem a capacidade de surpreender qualquer visitante. A maior dificuldade é  a barreira  do idioma incompreensível, que logo a chegada nos mete em embaraços, pois a língua mais internacional ainda não consta para eles. Um povo não acostumado a receber visitantes de outros países, logo torna a população  fechada, desconfiada e individualista. Poucos param para ajudar alguém de fora.
A vida é caríssima, principalmente a comida. Carros topo de gama por todo o lado principalmente, as melhores marcas italianas, alemãs e inglesa. Para os amantes de carros é uma cidade eleita. Monumentos, igrejas e museus paga se entrada em quase todos, um extra para tirar fotos e visitar torres. 

 Catedral De São Basílio

Quem visita Moscovo já leva esta multicolorida e alegórica igreja ortodoxa crista que fica no coração da cidade guardada em mente. Um dos símbolos mais característicos da cidade ou mesmo de toda a Rússia. Quer de dia ou noite a cores ou a preto e branco esta catedral é magnifica, digna de um parque da Disney"como um cone de gelado multicolorido agora convertido em museu". Construída por sua maior parte de tijolo vermelho e decorada por nove grandes cúpulas, cada um distingue os demais através de uma forma e cor especifica.


A Catedral de São Basílio que está erguida na majestosa Praça vermelha, foi mandada construir pela ordem de Ivã o Terrível, em homenagem à conquista russa de Kazan e Astracã.

Segundo reza a lenda mais resistente o czar Ivã gostou tanto da catedral que mandou cegar o arquitecto para que ele não tivesse condições de poder construir uma obra semelhante  em qualquer outra parte da Rússia.

Seu interior contem várias capelinhas internas de vários estilos,  corredores labirínticos  escuros e claustrofóbicos, composto com ícones adornados com imagens da iconografia ortodoxa e temas florais.






Kremlin é uma fortaleza
que protege uma espécie de cidade dentro da cidade, que serve também de sede do governo da Rússia. O complexo guarda aproximadamente uma dúzia de palácios, igrejas e monumentos. Nem em todos os sítios é possível tirar fotos.
Situado no centro da cidade ocupa 30 hectares e que se pode ver a alguns km, 19 metros de altura e 6 de grossura.























A torre do grande sino, na época, era a mais alta com 81 metros de altura. No seu interior tinha um pequeno museu que mostra  um pouco da historia do Kremlin.


















Catedral da Assunção é talvez a mais importante e que mais me fascinou de todas as catedrais no interior do Kremlin. É uma bela Catedral que foi dedicada á coroação dos czares. As paredes exteriores mostram uma grande influencia do Renascimento que acomoda os velhos modelos russos no uso de cúpulas douradas algumas cobertas com cruzes. Esta majestosa, externamente  possui um inteiro bastante diferente das igrejas ocidentais que estamos mais habituados a visitar. Toda a igreja é coberta com pinturas ou mosaicos.











Do lado de fora da grande fortaleza fica a praça vermelha que é o orgulho do povo moscovita.
A praça é enorme toda muito monumental, colorida e super limpa. As grandes ruas de Moscovo partem da praça prolongando-se em rodovias para fora da cidade. Na realidade o nome da mesma não deriva da cor dos tijolos em seu redor nem da associação da cor vermelha ao comunismo. Na verdade  o nome surgiu porque a palavra russa tanto pode significar vermelho como bonito. A palavra foi empregue originalmente com o sentido de "bonito" à catedral de São Basílio, mas foi mais tarde transferida à praça adjacente.


                                                                           Gum


Gum, que faz parte da praça vermelha é o maior e mais caro centro comercial de toda a Rússia.
Um enorme complexo que apresenta arquitectura russa medieval. Com pisos feitos de mármore polido, paredes pintadas, nítidas frentes de luxo e telhados envidraçados.





O metro de Moscovo mais se parece com um museu subterrâneo, inaugura em 1935 durante o governo de Stalin. São cerca de 182 estações por onde passam 10 milhões de pessoas todos os dias que durante a guerra o metro serviria também para abrigo anti-bombas. Os profundos túneis bem abaixo do solo faz-se perder o fim as longas escadas rolantes.


As estações são todas muito limpas, com decorações imponentes. Muito mármore nos pisos e paredes , lustres suntuosos, que serviam para trazer a riqueza para perto do povo e também para mostrar ao mundo a riqueza à maneira soviética.







A beleza feminina é algo que também não passou despercebida,
que aos meus olhos a vasta mãe russa foi capaz de gerar as mais belas filhas que irradiam uma beleza de brilho estonteante.




Obviamente que as características de cada país se molda à sua beleza. Os poucos meses de Verão fazem sobressair a beleza russa, as mulheres apresentam-se bem vestidas, seguindo os padrões da moda e mostrando os seus melhores atributos. Desde roupa justa, ao seu pouco comprimento juntando saltos altos quase impossíveis  de usar que  faziam maravilhas aos olhos de cada um.














O alfabeto cirílico é totalmente diferente do nosso, mas tentando ler diariamente as palavras do quotidiano nas placas, hotéis, restaurantes consegue-se muito lentamente ir apanhando algumas palavras. O mais fácil é procurar, apontar o que se quer ou escolher restaurantes que tenham cardápios em inglês e com fotos. Uma boa maneira de tentar dar a volta á questão é aproveitar toda a tecnologia que temos, uma boa aplicação no telemóvel ajuda bastante.




As famosas matrioscas segundo consta tiveram origem no Japão, ou em um brinquedo japonês. Em todo o lado se pode comprar mas não vale a pena escolher muito porque grande maior parte é feita na china, eventualmente eles só as pintam.




Catedral de Cristo Salvador  uma das igrejas ortodoxas mais importantes de Moscovo. Uma das igrejas que mais me marcou onde ficai mais tempo admirando a rica iconóstase e observando os fiéis. 















Havia dezenas de fieis beijando as imagens, acendendo velas e faziam suas preces em frente aos seus ícones de devoção.



                                                                   O famoso caviar 
                                                         


Este aranha céus  denomina logo à entrada o horizonte de Moscovo.São conhecida pelas sete irmãs, edifícios estes que impressionam tanto por fora com a sua grandeza como também pela sua arquitetura, os seus símbolos comunistas de uma estrela de cinco pontas uma foice e o martelo.São sete torres cada uma corresponde a uma irmã, e cada irmã ganhou um destino, hotel, sede de órgão publico, residência, universidade, etc.

Teatro bolshoi é um dos mais famosos do mundo. 


















Mercado Izmailovo














É a maior feira de lembranças da cidade, onde não se pode deixar de ir. Encontra-se uma grande opção de souvenires por preços mais baixos que em qualquer outros pontos turísticos da cidade.
Além das lembranças, nesta feira pode comprar vários tipos de objectos da vida quotidiana soviética. Está localizado nos arredores de Moscovo e para lá chegar basta apanhar o metro e descer na paragem Partizanskaya, De lá à feira são cerca de três minutos a pé.Para entrar na feira tem de se pagar uma risória quantia de 20 cêntimos.























Arbat é das mais conhecidas ruas da cidade, é sem duvida um lugar obrigatório. Por toda a rua se toca música ao vivo e fazem-se varias apresentações, apesar de toda esta vida acabar muito cedo.












Depois de vários relatos ou comentários da insegurança pelas ruas da cidade posso dizer que
em momento algum senti alguma insegurança, senti um grau de segurança igual ao das outras cidades Europeias, talvez por não sair demasiado das zonas mais turísticas, vigiadas e talvez por nunca deixar de utilizar os cuidados básicos do habitual turista.
























Finalizamos a estadia em Moscovo e partimos em mais uma aventura desta vez de comboio até a sua cidade rival, St. Petersburgo. Depois da dificuldade de identificar qual o comboio para seguir viagem, eis que chega a hora de embarcar. O corredor não é muito largo, arrastamos as malas e esperamos ver o número do nosso lugar. O odor é logo “sui generis” e acompanha do início ao fim da carruagem. Ao chegarmos ao nosso lugar está já outro passageiro que terá reservado a outra cama e sorri timidamente em ver o nosso ar com as malas. Percebemos que a comunicação estava fora de questão. Já instalados e com malas arrumadas, observamos com curiosidade o resto da carruagem. Não é dada a luxos, mas para terceira classe e ao preço que foi, cerca de 30€, não podíamos esperar mais. Não existem cabines fechadas, os conjuntos de camas são separados apenas pelo corredor de passagem, conjuntos de 2 beliches e do outro lado do corredor mais um beliche. Cerca de 6 pessoas por cada 7m². Desde pés de fora a corpos suados intensificam o odor abafado já por si da carruagem. A viagem avizinha-se promissora e a aventura também.
Depois do comboio iniciar marcha entretemo-nos com jogos, charadas pois temos 8 longas horas pela frente, 700 quilómetros separavam estas duas cidades entre paisagens sempre muito idênticas , planícies verdes, alguns lagos e casas de madeira perdidas em nenhures. Começamos por ver uma corrida à casa de banho e ouvir o rasgar dos sacos que contém os lençóis (que estão selados e junto dos colchões enrolados), basicamente, vestem o pijama, calçam chinelos porque ao final de contas a viagem vai ser durante a noite e nada melhor do que nos sentirmos em casa. Os viajantes mais descontraídos trocam de roupa no seu próprio espaço. Até a supervisora usa chinelos, vêm até nós e diz qualquer coisa (como se percebêssemos russo), tentamos algo em inglês mas nada, até o nosso companheiro de viagem russo se ri. Apreendemos o que nos diz como sendo uma boa viagem ou algo do género rimos e ela vai embora.
Apenas nós levávamos a janela aberta, com as temperaturas durante o dia e a quantidade de pessoas na carruagem estava demasiado abafado para aguentarmos. Enquanto um se preocupa como vai subir para o beliche de cima e os outros se entretêm a jogar, o nosso companheiro russo de viagem sai e volta com um chá, afinal a carruagem dispõe de comida/bebida, só não sabemos onde. Vamos espreitar onde e damos com a supervisora num espaço mínimo com microondas, mini-frigorífico a ler bastante relaxada. A língua gestual é universal e conseguimos então uma caneca de chá por um valor bastante residual.
O recolher e despertar é condicionado pelas luzes do comboio às 23h e às 4h. Por isso com as luzes apagadas por mais que queiramos socializar pela noite fora, também nos sentimos fustigados dos dias anteriores e o melhor é mesmo tentar dormir.
Saímos de dia e chegamos de dia, apesar de partirmos às 21h e chegarmos a St. Petersburgo pelas 5h da manhã, como estamos em Junho vigoram as noites brancas e nunca anoitece verdadeiramente durante a viagem.
Por volta das 4h30 a supervisora vem juntos a nós e desperta-nos para arrumarmos as coisas e estarmos prontos. Através de outros passageiros, verificamos que é necessário voltar a desfazer a cama, colocar os lençóis num género de arca junto à WC, voltar a enrolar os colchões e coloca-los debaixo dos bancos. Sentamo-nos novamente a aguardar a nossa paragem.
Afinal de contas a viagem até foi boa. Poderíamos ter pago mais dinheiro e demorado menos tempo, mas a experiência não era a mesma.



15/06/2013

Frankfurt

Apenas algumas horas deu para apreciar e conhecer um pouco da História de Frankfurt. A silhueta que chama atenção dos visitantes são os contraste urbanos, a modernidade dos grandes arranha-céus pela qual a cidade foi tomada que não passam despercebidos a olhares menos atentos,  ao mesmo tempo a arquitetura típica alemã sempre presente em cada recanto.







Oztzeile

Um dos principais pontos turísticos de Frankfurt é a praça Römerberg que é rodeada de edificações de arquitetura caracteristicamente Germânica . Na realidade esta linha de seis pitorescas casas situado na "cidade velha" como assim lhe podemos chamar, são reconstruções originais do séc XV/XVI, que durante a segunda guerra foi destruído pelos bombardeiros aliados.








Nas margens do rio Meno encontra-se uma grande área de lazer, rasgando a grande metrópole com uma artéria verde cheia de vida. Um local encantador para passear e descansar um pouco da grande cidade.


Catedral de S. Bartolomeu.


Ópera Alter


Sachsenhausen é um típico bairro com ruas de paralelepípedos, estreitas e pequenas com casas de madeira e fontes, qualquer visitante sente se como se tivesse sido tele transportado de volta no tempo. Os pubs estão alinhados um após o outro de esquina a esquina com os seus bancos e mesas longas para uma longa noite de cerveja e típico vinho de maça.